Fonte: Diário de Marília
Foto: Paulo Cansini

Após mais de dois meses de investigações, a DISE (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) prendeu ontem de manhã (13) na favela da Vila Barros, na zona norte da cidade de marília, um jovem que, com o dinheiro ganho com o tráfico de drogas, tinha até um carro conversível.

De acordo com o delegado Luis Marcelo Perpétuo Sampaio, responsável pelo inquérito, o autônomo Rudnei Aparecido de Camargo, 23, movimentava grande volume de entorpecentes na região, reconhecido pela polícia como um dos principais pontos de compra e venda de drogas da cidade.

“Levantamos que ele armazenava e fazia a distribuição para traficantes menores da própria Vila Barros. Também sabíamos que todos os dias ele recolhia o faturamento do tráfico, que pode ser comprovado com o montante apreendido hoje (ontem), cerca de R$ 1,8 mil em dinheiro”, afirma Sampaio
Ainda segundo o delegado, a DISE já havia feito outras buscas pela favela e que miravam desbaratinar o esquema de Camargo, no entanto, a delegacia esbarrava na dificuldade em descobrir o endereço exato onde o jovem guardava a droga.

As investigações foram intensificadas nos últimos dias e nova busca foi autorizada pela Justiça. Às 8h30, os policiais civis da DISE foram até o número 1.350 da Rua Salvador Salgueiro, que margeia a favela, cumprir o mandado.
“Encontramos na casa apenas o dinheiro e uma porção de maconha, o que é de praxe dos traficantes, que usam esta tática para despistar a polícia. Fizemos uma varredura no quintal e encontramos 125 pinos de cocaína, uma pistola calibre 635 e doze munições e balança escondidos em um pé de bananeira”, conta o delegado.

Sampaio afirma que, além das drogas, dinheiro, arma e munição, o carro do jovem, um Volkswagen Golf conversível, foi apreendido. “Ele foi adquirido com dinheiro ilícito e era usado no esquema de tráfico. Nunca havia visto um modelo como esse, por isso não posso afirmar qual o valor de mercado dele”, completou.

Após ser ouvido, o autônomo foi indiciado por tráfico de drogas e recolhido na cadeia de Garça. Pelo crime, ele pode pegar até 15 anos de prisão em regime fechado.